terça-feira, 30 de novembro de 2010


Mídia e Educação.
A mídia não educa porque os programas educativos não são rentáveis. Os anunciantes , orientados pelos publicitários, investem nos programas que tem apelo popular . Temos alguns exemplos : Big Brother, Pânico, Domingão do Faustão entre outros. Figuram também entre os que facilmente têm patrocínio os programas sensacionalistas que abordam a  área policial.

Quando uma emissora de televisão resolve colocar um programa educativo, escolhe um horário em sua grade que não afete os seus ganhos comerciais. Este programa então poderia estar durante a madrugada num horário de baixíssima audiência. A programação tem sido pautada pelo gosto de quem assiste e não há o mínimo interesse de mudar  estes padrões de gosto. Assim é mantida uma grande maioria do povo sendo incapaz de tecer uma crítica ao que vê na televisão ou em outros meios.

No conceito capitalista de comunicação o que se apresenta é aquilo que tem audiência, mesmo que seja algo “emburrecedor” e sem o menor fundamento inteligente. Restam os canais mantidos pelo governo como canais educativos e esporádicas iniciativas feitas por um ou outro idealista . Sonhadores que vêm seus esforços serem desdenhados pela prática comercial da publicidade que privilegia o que não presta pagando polpudos patrocínios. As Tvs públicas geralmente tem contra si, apesar do bom desempenho na intenção educacional, a falta de isenção pois por depender do governo para existir tem isso como um limitador de ação principalmente no noticiário. Não podem criticar os seus mantenedores.


 

A atitude que pode fazer a diferença é levar a sociedade a rejeitar as marcas que patrocinam o lixo que está no ar através da mídia. De alguma maneira sempre preferir aos que investem em programações que edificam   e constroem melhores condições para que a população exerça sua cidadania plena.

Mídia Capitalismo e Consumo supérfluo

Mídia Capitalismo e consumo Supérfluo

A mídia tem estado a serviço do capitalismo incentivando desde cedo o consumo. As crianças são alvo de grandes empresas que usam imagens que agradam o público infantil para convencê-las a pedirem algo a seus pais. A propaganda veiculada na mídia tem feito pessoas, com menos censo crítico, chegarem ao endividamento.

A publicidade direcionada  a criança é algo que não encontra nelas resistência, pois os pequenos não conseguem ainda ter defesa diante de tais ataques. O instituto Alana, organização sem fins lucrativos, tem alertado a sociedade quanto ao consumismo infantil. Hoje não é difícil encontrar crianças que já tiveram, por exemplo, mais de dois celulares elas são induzidas a pensarem que os objetos as fazem aceitáveis ao grupo e o fato de não possuir o brinquedo ou a roupa da moda traz tristeza e revolta. A propaganda manipula o telespectador e faz com que ele até sem pensar compre mesmo que não precise daquilo que comprou.




O Tênis, a roupa, a bola, o celular tudo tem que ser de uma marca que os amiguinhos possam aprovar, mas nem sempre há dinheiro para tudo isso. O consumo tem uma linha de ação que promove a desatualização em pouco tempo é  preciso voltar a comprar. Pois tudo que foi adquirido já saiu de moda.

Os adultos tem o consumismo convidando para gastos e investimentos. Seguindo a mesma ilusão das crianças querem ter um carro melhor, uma  bela casa etc... mas nem sempre medindo o seu poder de compra. Talvez isto explique o grande número de lojas que vendem carros semi novos, o comprador não consegue pagar ,e então o seu veículo volta ao mercado.
A sociedade precisa urgentemente criar meios para reduzir o consumismo
e ajudar até com tratamento psicológico aos que não resistem aos apelos constantes da mídia pedindo que gastemos mais e mais.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mídia Esporte e Entretenimento

Mídia Esporte e Entretenimento
O gosto do brasileiro pelos esportes é contemplado com grande parte  do que circula na mídia. O país do futebol,  que também assume a paixão pelo vôlei , basquete entre outros  , é pauta segura para nossos jornalistas. Mas qual o proveito de  tudo isto?  Todo este interesse e espaço midiático faz com que o povo deste país pratique mais esporte?  Acredito que não.  O que chamamos de esporte  se resume a vermos , sem participar, de eventos que reúnem pessoas com sucesso financeiro e fama.

E frente à arquibancada falsa, que é um sofá, desfilam campeonatos, copas, jogos inesquecíveis. Paixões e emoções de gente que dedica carinho e tempo  à pessoas que nem a conhecem. Distração que aos poucos preenche o tempo e até reclama exclusivismo. Vai começar o jogo, por favor, silêncio!
O entretenimento proposto pelas pautas esportivas frequentemente afasta pessoas. Umas se afastam  porque foram obrigadas  a ficarem quietas, reverentes, mesmo sem ter interesse por um jogo , por exemplo. Outro tipo de afastamento é o que faz o torcedor de uma agremiação ser rival de torcedores de outro clube. Comportamento tribal, selvagem tem sido demonstrado por muitos pretensos amantes do esporte. O ponto fraco deste tipo de diversão é que alguém precisa aceitar a derrota. Para ter um vencedor o outro deve admitir que perdeu.
A mídia hoje domina o esporte devido ao aspecto comercial. Este aspecto envolve os protagonistas do espetáculo e mexe até com quem assiste, mesmo que seja em casa. Tem jogos de futebol que começam tarde da noite, por causa do horário da novela! Mesmo que o estádio seja mal localizado, mesmo que o torcedor tenha vindo de longe terá que esperar  e o final do espetáculo será bem perto de meia noite.
 



O esporte em suas variadas formas propalava o amor à camisa, a dedicação heroica mas hoje tal discurso seria sem sentido. Tudo é comércio, inclusive o jogador mais festejado da equipe que a gente torce, amanhã pode estar vestindo a camisa do time rival e muito feliz. As grandes marcas de material esportivo, os empresários, os cartolas e uma quantidade de pessoas que compõe um verdadeiro circo de horrores fora das quatro linhas do gramado. A mesma técnica dinheirista tem estado presente no voleibol e basquete.


Uma saída para melhorar esse quadro é incentivar com patrocínios o esporte amador. Para que isto seja possível o governo poderia conceder reduções na carga tributária a grandes empresas que em contrapartida sustentariam os empreendimentos esportivos envolvendo o maior número de pessoas em atividades esportivas. E a mídia caberia o papel de exaltar o valor que o esporte pode transferir para saúde. Na sociedade capitalista, que visa o lucro de forma insaciável, certamente este é um sonho recheado com ilusão. 

domingo, 28 de novembro de 2010

Mídia e a Glamourização do Sexo

Mídia e a glamourização do Sexo
Um toque de malícia em cada fato, uma insinuação que pode estar numa  cena explícita ou simplesmente nas palavras. É assim que a mídia sutilmente trata o sexo como algo que pode fazer de alguém um destaque na sociedade. As novelas são um ambiente ideal para o crescimento desta ideia. Difusoras do sexo livre emprestam charme e elegância  aos que fazem do relacionamento íntimo uma  mera  brincadeira.

O século 21 traz em seu cenário pessoas que  querem aparecer.  Querem as luzes dos holofotes  bem focadas e são ciosas de uma manchete que no passado era tida como escandalosa.  Vergonha agora  é não praticar  intensamente o que num passado recente só era admitido dentro de um matrimônio . Quando alguém v a traidora e o traidor que se  envolvem numa paixão tórrida,  aparentemente não sofrerem nenhum dano por suas ações, copiam , ainda  que  sem querer,  suas  atitudes.  É como se tivesse nesta  ação o poder  de  aumentar  a beleza e  o encanto  de alguém.




Valorizar a futilidade, aguçando desejos para que se  chegue ao nível de  celebridade, vem colocando como pavimento da estrada que leva a fama, muita insinuação sexual.  Um dos exemplos , são o reality shows , que apesar do vazio e pobreza cultural que representam continuam sendo sucesso na TV  brasileira. Nestes programas o sexo é passado como algo que não envolveria tanto compromisso, e que pode ser uma expressão da personalidade do homem e da mulher. É usado como auto afirmação.

Mesmo aquele  cidadão mais  comum percebe que tem condições de praticar o sexo livre, mesmo sendo feio, gordo e sem um tostão no bolso. Naquele momento todos são iguais e o que separa são apenas os cenários e luzes. Uma projeção fácil de fazer é que em poucos anos teremos multidões tratando o sexo oposto como simples ferramenta do prazer, mesmo que no fundo percebam que jamais se tornaram celebridades e nunca souberam o que é amar.

Mídia e Ideologia Política

Mídia e Ideologia política

Corajosamente ainda há os que defendem a isenção da mídia, gente que afirma, e acredita, que por detrás do que é apresentado não exista a pregação de um conjunto de valores, que representam a visão de mundo do articulista ou do veículo ao qual ele pertence. Na verdade nas entrelinhas de muitos comentários e noticiários estão indícios claros da posição que o jornalista, ou o veículo ao qual ele pertence defende.
A abordagem tendenciosa sempre busca o ponto negativo dos oponentes. A postura crítica é adotada unicamente para levar  vantagem sobre os que enxergam a situação de outro modo. Quando uma emissora, por exemplo, tem sua linha editorial posicionada para criticar a prefeitura da cidade, fará uma série de matérias que apontam para falta de qualidade da administração municipal. E tudo isto com a vantagem de fazer pose de defensora da comunidade.


Um dos exemplos sempre lembrados quando se aborda este assunto é o da Rede Globo que nas eleições do Estado do Rio de  Janeiro  em 1982 ,  se  esforçava para evitar a vitória de Leonel Brizola  . A emissora mobilizou seus noticiários e reportagens para difundir que Brizola não tinha condições de  ser  eleito, e que ele estava com menos votos nas  pesquisas. A “maquiagem global” foi descoberta quando  se  fez um acompanhamento paralelo das pesquisas.

O problema da isenção, muitas vezes está ligado a sustentação financeira dos órgãos de imprensa. Quando recebem alguma ajuda do governo ficam impedidos de exercerem o teor de crítica que se espera do jornalismo. O pensamento Marxista , que é defendido por uma das teorias da comunicação – Teoria Crítica – ensina que a ideologia vem “ escondida”  mascarando a realidade, quando mostra apenas uma parte das propriedades de determinado fato. Por isto de maneira sutil, lemos ,ouvimos e vemos  as vezes, propagandas políticas em forma de notícia.

Quem trabalha com a informação logicamente tem sua opinião sobre os fatos, e tem até sua predileção partidária, estas preferências vividas por  quem dirige ou trabalha nos jornais também é um fato que reduz  a isenção. Para  resolver  esta situação, partidos e programas políticos deveriam ser  tratados como nas  campanhas eleitorais, tendo espaços previamente dimensionados para manifestarem suas informações a sociedade, por  outro lado a mídia tem que demonstrar transparência ao falar  de  obras , conquistas e também no momento em que critica as ações dos que representam o povo.

domingo, 21 de novembro de 2010

A Mídia e a Reificação da mulher

A Mídia e a Reificação da Mulher

As mulheres têm certamente um grande desafio pela frente: Fazer com que a mídia não as considere apenas objetos sedutores, objetos em minúsculas embalagens e desencadeadores de fantasias e loucuras. Elas viraram, com suas imagens encantadoras, ilustração para publicidade de quase tudo, pneus, carros, móveis, apartamentos, etc. Ganhar a vida mostrando o corpo, trabalho com uma pitadinha de prostituição, tem sido a realidade de muitas mulheres que brilham nas telas de televisão.

Embora a classificação indicativa, que regula a inadequação do que se veicula na mídia, seja contra produzir peças publicitárias, filmes, que colocam a beleza física como condição para que se tenha uma vida mais feliz e aceitação social, o que vemos é a exposição feminina, usando a sensualidade e beleza para o comércio. A iconicidade pretendida a partir de uma imagem feminina, no entanto, nem sempre alcança o alvo pois , principalmente aos homens fica retida a figura da mulher , linda, maravilhosa mas o produto anunciado fica no esquecimento. Um exemplo claro disto são os comerciais de cerveja ,  mesmo quem não bebe, aprecia ver  as lindas mulheres repetidamente e  “ sem moderação”.

O fato de a mídia ter incentivado esta situação, que qualifica as mulheres como objetos participantes de um processo de venda, dos mais variados produtos, fez que muitas delas buscassem por iniciativa própria e avidamente, a glória  de serem admiradas como celebridades , unicamente pela beleza física.



   







O falecido Deputado federal Clodovil Hernandes (foto), em que pese toda a polêmica em torno de seu estilo de vida, uma vez se envolveu em forte polêmica ao dizer:  "as mulheres ficaram muito ordinárias, ficaram vulgares, cheias de silicone" e que hoje em dia "trabalham deitadas e descansam em pé". (G1 10/05/2007) Hernandes defendia que a vulgarização da imagem feminina se devia a elas terem se  rendido à tentação financeira mostrando o corpo. Naquela ocasião sua colega de parlamento, Cida Diogo (foto) disse ter sido ofendida por ele, pois quando ela  questionou sobre a declaração sobre as mulheres o deputado respondeu “Digamos que uma moça bonita se ofendesse porque ela pode se prostituir. Não é o seu caso. A senhora é uma mulher feia”. A briga durou  vários dias através da imprensa , e o ponto central era unicamente a beleza.

A mídia passou a ideia de objeto, status de  mercadoria para as mulheres e vai continuar assim enquanto alguém não levantar a voz, mostrando que os valores oriundos do pensamento capitalista, que transformam  pessoas em bens, são meras aparências ocas e sem consistência satisfatória para uso na  administração social. É na mídia mesmo que pode surgir um contraponto para este absurdo, que faz das mulheres meras coisas ,que ao envelhecerem podem ser trocadas por outras.