domingo, 28 de novembro de 2010

Mídia e Ideologia Política

Mídia e Ideologia política

Corajosamente ainda há os que defendem a isenção da mídia, gente que afirma, e acredita, que por detrás do que é apresentado não exista a pregação de um conjunto de valores, que representam a visão de mundo do articulista ou do veículo ao qual ele pertence. Na verdade nas entrelinhas de muitos comentários e noticiários estão indícios claros da posição que o jornalista, ou o veículo ao qual ele pertence defende.
A abordagem tendenciosa sempre busca o ponto negativo dos oponentes. A postura crítica é adotada unicamente para levar  vantagem sobre os que enxergam a situação de outro modo. Quando uma emissora, por exemplo, tem sua linha editorial posicionada para criticar a prefeitura da cidade, fará uma série de matérias que apontam para falta de qualidade da administração municipal. E tudo isto com a vantagem de fazer pose de defensora da comunidade.


Um dos exemplos sempre lembrados quando se aborda este assunto é o da Rede Globo que nas eleições do Estado do Rio de  Janeiro  em 1982 ,  se  esforçava para evitar a vitória de Leonel Brizola  . A emissora mobilizou seus noticiários e reportagens para difundir que Brizola não tinha condições de  ser  eleito, e que ele estava com menos votos nas  pesquisas. A “maquiagem global” foi descoberta quando  se  fez um acompanhamento paralelo das pesquisas.

O problema da isenção, muitas vezes está ligado a sustentação financeira dos órgãos de imprensa. Quando recebem alguma ajuda do governo ficam impedidos de exercerem o teor de crítica que se espera do jornalismo. O pensamento Marxista , que é defendido por uma das teorias da comunicação – Teoria Crítica – ensina que a ideologia vem “ escondida”  mascarando a realidade, quando mostra apenas uma parte das propriedades de determinado fato. Por isto de maneira sutil, lemos ,ouvimos e vemos  as vezes, propagandas políticas em forma de notícia.

Quem trabalha com a informação logicamente tem sua opinião sobre os fatos, e tem até sua predileção partidária, estas preferências vividas por  quem dirige ou trabalha nos jornais também é um fato que reduz  a isenção. Para  resolver  esta situação, partidos e programas políticos deveriam ser  tratados como nas  campanhas eleitorais, tendo espaços previamente dimensionados para manifestarem suas informações a sociedade, por  outro lado a mídia tem que demonstrar transparência ao falar  de  obras , conquistas e também no momento em que critica as ações dos que representam o povo.

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