segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mídia Esporte e Entretenimento

Mídia Esporte e Entretenimento
O gosto do brasileiro pelos esportes é contemplado com grande parte  do que circula na mídia. O país do futebol,  que também assume a paixão pelo vôlei , basquete entre outros  , é pauta segura para nossos jornalistas. Mas qual o proveito de  tudo isto?  Todo este interesse e espaço midiático faz com que o povo deste país pratique mais esporte?  Acredito que não.  O que chamamos de esporte  se resume a vermos , sem participar, de eventos que reúnem pessoas com sucesso financeiro e fama.

E frente à arquibancada falsa, que é um sofá, desfilam campeonatos, copas, jogos inesquecíveis. Paixões e emoções de gente que dedica carinho e tempo  à pessoas que nem a conhecem. Distração que aos poucos preenche o tempo e até reclama exclusivismo. Vai começar o jogo, por favor, silêncio!
O entretenimento proposto pelas pautas esportivas frequentemente afasta pessoas. Umas se afastam  porque foram obrigadas  a ficarem quietas, reverentes, mesmo sem ter interesse por um jogo , por exemplo. Outro tipo de afastamento é o que faz o torcedor de uma agremiação ser rival de torcedores de outro clube. Comportamento tribal, selvagem tem sido demonstrado por muitos pretensos amantes do esporte. O ponto fraco deste tipo de diversão é que alguém precisa aceitar a derrota. Para ter um vencedor o outro deve admitir que perdeu.
A mídia hoje domina o esporte devido ao aspecto comercial. Este aspecto envolve os protagonistas do espetáculo e mexe até com quem assiste, mesmo que seja em casa. Tem jogos de futebol que começam tarde da noite, por causa do horário da novela! Mesmo que o estádio seja mal localizado, mesmo que o torcedor tenha vindo de longe terá que esperar  e o final do espetáculo será bem perto de meia noite.
 



O esporte em suas variadas formas propalava o amor à camisa, a dedicação heroica mas hoje tal discurso seria sem sentido. Tudo é comércio, inclusive o jogador mais festejado da equipe que a gente torce, amanhã pode estar vestindo a camisa do time rival e muito feliz. As grandes marcas de material esportivo, os empresários, os cartolas e uma quantidade de pessoas que compõe um verdadeiro circo de horrores fora das quatro linhas do gramado. A mesma técnica dinheirista tem estado presente no voleibol e basquete.


Uma saída para melhorar esse quadro é incentivar com patrocínios o esporte amador. Para que isto seja possível o governo poderia conceder reduções na carga tributária a grandes empresas que em contrapartida sustentariam os empreendimentos esportivos envolvendo o maior número de pessoas em atividades esportivas. E a mídia caberia o papel de exaltar o valor que o esporte pode transferir para saúde. Na sociedade capitalista, que visa o lucro de forma insaciável, certamente este é um sonho recheado com ilusão. 

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